Apresentação do Dr. David Cohen em San Diego sobre o Novo modelo experimental para doença de Peyronie

Titulo: Novo modelo experimental em ratos para doença de Peyronie: alterações de componentes da matriz extracelular

Conteúdo: Apresentação que o dr. David Cohen fará em maio de 2016 no Congresso Americano de Urologia, que será realizado na cidade de San Diego.

Introdução e objetivo: A doença de Peyronie (DP) é caracterizada pela formação de placas fibrosas na túnica albugínea (TA) peniana, ocasionando dor e curvatura peniana durante as relações sexuais, com grande impacto na qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Atualmente não há tratamento efetivo para DP, pois a sua fisiopatologia não é totalmente compreendida. Além disso não existe modelo experimental animal que represente de forma fidedigna a DP. Acredita-se que a DP ocorra, em indivíduos geneticamente predispostos, devido a microtraumas sucessivos na TA com extravasamento sanguíneo e desencadeamento de um processo inflamatório anômalo e persistente. Neste processo, ocorre alterações celulares, histológicas, humorais e de matriz extracelular que devem ser melhor compreendidas para desenvolvimento de terapias futuras. O objetivo do estudo é o desenvolvimento de um novo modelo experimental em ratos para DP com ênfase nas alterações dos marcadores relacionados ao remodelamento da matriz extracelular (MEC), para melhor compreensão da fisiopatologia da doença.

Métodos. Foram utilizados 30 ratos machos da raça Wistar separados em 4 grupos: grupo 1 ( 5 ratos) instilação de 20ul de água destilada na TA + penectomia após 15 dias; grupo 2 (5 ratos) instilação de 20 ul de sangue do próprio rato na TA + penectomia após 15 dias; grupo 3 (10 ratos) instilação de 20ul de água destilada na TA + penectomia após 45 dias; grupo 4 (10 ratos) instilação de 20 ul de sangue do próprio rato na TA + penectomia após 45 dias.  Foram realizadas análises histológica com coloração de Hematoxilina-eosina (processo inflamatório; microvasos); Tricomio de Masson (fibrose) e Picrossirius ( Cólageno tipo I e III). As amostras foram submetidas à reação de imunohistoquímica (IHQ) utilizando anticorpos primários: heparanase (HPSE), metaloproteinases-9 (MMP9) e TGF-β (Fator de Transformação do Crescimento beta). A reação de IHQ foi desenvolvida utilizando o kit  LSAB®-peroxidase (DakoCytomation®, Copenhagen, Dinamarca), seguindo protocolo do fabricante. A expressão de proteoglicanos e colágeno foi avaliada por microscopia confocal de fluorescência. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o software Graph PRISM 5®. O projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em animais da Faculdade de Medicina do ABC.

Resultados: Na análise histológica não houve diferença entre os grupos com relação a intensidade de processo inflamatório e a presença de microvasos, provavelmente pela fato do período de 15 dias já não estar relacionado com a fase superaguda da doença. Com relação a fibrose o grupo 4 apresentou maior incidência. Nos grupos 2 e 4 houve uma incidência maior da presença de colágeno tipo I, enquanto nos grupos 1 e 3 ocorreu uma maior incidência de colágeno tipo III. Foi observado aumento significativo de TGF-β nas amostras de animais acometidos por Peyronie. Estes dados comprovam a presença de alterações histológicas semelhantes as encontradas na TA peniana de indivíduos acometidos com a DP, nos animais do grupo experimental. As análises realizadas por IHQ demonstraram aumento significativo de MMP-9 e da enzima HPSE. O aumento da expressão de tais enzimas no grupo experimental sugere maior remodelamento da MEC nos tecidos acometidos pela doença de Peyronie. Os estudos realizados por microscopia confocal evidenciaram alterações do perfil de proteoglicanos, enquanto o colágeno tipo I não demonstrou alteração comparando-se o grupo experimental e o grupo controle. O proteoglicano de heparam sulfato (sindecam-1) e o proteoglicano de condroitim sulfato e queratam sulfato (agrecam) apresentaram diminuição da expressão nas amostras do grupo experimental com Peyronie comparativamente com o grupo controle. Por outro lado o proteoglicano de baixo peso molecular de condroitim/dermatam sulfato, denominado biglicam aumentou significativamente nas amostras acometidas pela doença. Sabidamente o biglicam é capaz de inibir a fibrilogênese e também regular negativamente a ação do TGF-β.

Conclusão. Os resultados demonatram um novo modelo experimental em ratos para estudo da DP. Além disso, os animais em que foram injetados sangue, apresentaram alterações de componentes da MEC que podem elucidar mecanismos celulares envolvidos com o desenvolvimento da doença, o que certamente contribuirá para o desenvolvimento de futuras terapias.

Titulo: Novo modelo experimental em ratos para doença de Peyronie: alterações de componentes da matriz extracelular

Conteúdo: Apresentação que o dr. David Cohen fará em maio de 2016 no Congresso Americano de Urologia, que será realizado na cidade de San Diego.

Introdução e objetivo: A doença de Peyronie (DP) é caracterizada pela formação de placas fibrosas na túnica albugínea (TA) peniana, ocasionando dor e curvatura peniana durante as relações sexuais, com grande impacto na qualidade de vida dos indivíduos acometidos. Atualmente não há tratamento efetivo para DP, pois a sua fisiopatologia não é totalmente compreendida. Além disso não existe modelo experimental animal que represente de forma fidedigna a DP. Acredita-se que a DP ocorra, em indivíduos geneticamente predispostos, devido a microtraumas sucessivos na TA com extravasamento sanguíneo e desencadeamento de um processo inflamatório anômalo e persistente. Neste processo, ocorre alterações celulares, histológicas, humorais e de matriz extracelular que devem ser melhor compreendidas para desenvolvimento de terapias futuras. O objetivo do estudo é o desenvolvimento de um novo modelo experimental em ratos para DP com ênfase nas alterações dos marcadores relacionados ao remodelamento da matriz extracelular (MEC), para melhor compreensão da fisiopatologia da doença.

Métodos. Foram utilizados 30 ratos machos da raça Wistar separados em 4 grupos: grupo 1 ( 5 ratos) instilação de 20ul de água destilada na TA + penectomia após 15 dias; grupo 2 (5 ratos) instilação de 20 ul de sangue do próprio rato na TA + penectomia após 15 dias; grupo 3 (10 ratos) instilação de 20ul de água destilada na TA + penectomia após 45 dias; grupo 4 (10 ratos) instilação de 20 ul de sangue do próprio rato na TA + penectomia após 45 dias.  Foram realizadas análises histológica com coloração de Hematoxilina-eosina (processo inflamatório; microvasos); Tricomio de Masson (fibrose) e Picrossirius ( Cólageno tipo I e III). As amostras foram submetidas à reação de imunohistoquímica (IHQ) utilizando anticorpos primários: heparanase (HPSE), metaloproteinases-9 (MMP9) e TGF-β (Fator de Transformação do Crescimento beta). A reação de IHQ foi desenvolvida utilizando o kit  LSAB®-peroxidase (DakoCytomation®, Copenhagen, Dinamarca), seguindo protocolo do fabricante. A expressão de proteoglicanos e colágeno foi avaliada por microscopia confocal de fluorescência. As análises estatísticas foram realizadas utilizando o software Graph PRISM 5®. O projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em animais da Faculdade de Medicina do ABC.

Resultados: Na análise histológica não houve diferença entre os grupos com relação a intensidade de processo inflamatório e a presença de microvasos, provavelmente pela fato do período de 15 dias já não estar relacionado com a fase superaguda da doença. Com relação a fibrose o grupo 4 apresentou maior incidência. Nos grupos 2 e 4 houve uma incidência maior da presença de colágeno tipo I, enquanto nos grupos 1 e 3 ocorreu uma maior incidência de colágeno tipo III. Foi observado aumento significativo de TGF-β nas amostras de animais acometidos por Peyronie. Estes dados comprovam a presença de alterações histológicas semelhantes as encontradas na TA peniana de indivíduos acometidos com a DP, nos animais do grupo experimental. As análises realizadas por IHQ demonstraram aumento significativo de MMP-9 e da enzima HPSE. O aumento da expressão de tais enzimas no grupo experimental sugere maior remodelamento da MEC nos tecidos acometidos pela doença de Peyronie. Os estudos realizados por microscopia confocal evidenciaram alterações do perfil de proteoglicanos, enquanto o colágeno tipo I não demonstrou alteração comparando-se o grupo experimental e o grupo controle. O proteoglicano de heparam sulfato (sindecam-1) e o proteoglicano de condroitim sulfato e queratam sulfato (agrecam) apresentaram diminuição da expressão nas amostras do grupo experimental com Peyronie comparativamente com o grupo controle. Por outro lado o proteoglicano de baixo peso molecular de condroitim/dermatam sulfato, denominado biglicam aumentou significativamente nas amostras acometidas pela doença. Sabidamente o biglicam é capaz de inibir a fibrilogênese e também regular negativamente a ação do TGF-β.

Conclusão. Os resultados demonatram um novo modelo experimental em ratos para estudo da DP. Além disso, os animais em que foram injetados sangue, apresentaram alterações de componentes da MEC que podem elucidar mecanismos celulares envolvidos com o desenvolvimento da doença, o que certamente contribuirá para o desenvolvimento de futuras terapias.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.